Recentemente, Alencar Santana, deputado e relator da Medida Provisória do Desenrola, enfatizou fortemente, em uma coletiva no dia 24, que o parcelado sem juros é uma “conquista inegável do povo brasileiro”. Ainda mais, ele sinaliza que, até o final deste dia, às 19 horas, seu parecer sobre o assunto estará disponível para o público.
Parcelamento Sem Juros: Um Ponto de Contenção
À medida que avançamos, é impossível ignorar as disputas em torno do tema. Por um lado, Alencar salienta que muitos debateram fervorosamente, buscando restringir a quantidade de parcelas.
No entanto, é essencial lembrar que Roberto Campos Neto, comandante do Banco Central, causou alvoroço ao sugerir, em uma reunião no Senado, a possível descontinuação dos juros rotativos. Adicionalmente, ele mencionou a possibilidade de desencorajar o “parcelado sem juros” a longo prazo.
O Peso dos Bancos nas Decisões e a Firmeza do Congresso
Contudo, em meio a esse cenário, as instituições bancárias estão se destacando por sua persistência em influenciar as diretrizes relacionadas ao parcelamento.
Eles visam garantir que o Conselho Monetário Nacional (CMN) detenha o poder de ditar as normas sobre parcelas. Além disso, sugerem uma estabilização dos juros rotativos durante um ano, com possibilidade de incrementos posteriores.
Mas, os líderes do Congresso são claros: qualquer interferência no parcelamento pode obstruir a votação da MP. Santana, por sua vez, se prepara para apresentar seu veredicto aos colegas na próxima terça-feira.
Parcelado Sem Juros: Uma Prática Distintamente Brasileira
Por fim, é crucial destacar a exclusividade do parcelamento sem juros no contexto brasileiro. Contrariando a lógica financeira, onde empréstimos de longo prazo tendem a ser mais custosos que os de curto prazo, essa opção tornou-se uma preferência nacional.
Em conversas mais reservadas, os bancos defendem que alterar essa prática poderia ser o caminho para diminuir os juros, alegando que os valores no rotativo visam compensar a isenção no parcelado.