Na atual paisagem corporativa, há uma mudança notável. As empresas não estão apenas observando as metas de redução de emissões.
Agora, elas estão ampliando o escopo para incorporar a biodiversidade em suas agendas. Especialmente para aquelas alinhadas com os princípios “ambientais, sociais e de governança” ou ESG.
Biodiversidade: A Nova Fronteira dos Debates Globais
Historicamente, as conversas globais se concentravam majoritariamente em “emissões de gases do efeito estufa”. No entanto, agora há uma crescente conscientização de que isso não é suficiente.
Precisamos de um olhar mais profundo sobre a interação da sociedade com a natureza. A Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, exemplifica essa abordagem ao buscar harmonizar preservação e crescimento econômico.
Introdução à TNFD: Uma Nova Era para as Divulgações Financeiras
A entrada da “Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza (TNFD)” no cenário global em 2021 foi, sem dúvida, um divisor de águas.
Ela não é apenas uma iniciativa, mas uma coalizão robusta, representando uma ampla gama de instituições e apoiada por mais de 40 membros.
No coração dessa discussão, empresas como a WayCarbon veem o Brasil como um protagonista chave, graças à sua vasta biodiversidade.
Natureza e Economia: Entrelaçadas e Interdependentes
Para realmente entender a magnitude do que está em jogo, vamos olhar para os números.
Segundo o World Economic Forum (2020), uma gigantesca parcela, aproximadamente US$ 44 trilhões da produção econômica global, depende direta ou indiretamente da natureza.
Esse dado sublinha a urgência de proteger a biodiversidade, tanto para o bem-estar ambiental quanto para a estabilidade financeira.
Biodiversidade versus GEE: Encontrando o Equilíbrio
Entretanto, à medida que avançamos, surgem dilemas. Por exemplo, algumas ações destinadas a reduzir as “emissões de gases de efeito estufa (GEE)” podem inadvertidamente impactar a biodiversidade.
Uma fazenda eólica, embora seja uma solução para reduzir emissões, pode afetar ecossistemas se não for planejada com cuidado.
Diretrizes e Regulamentações: O Que Esperar?
No Brasil, o cenário regulatório encontra-se em uma fase de transição e adaptação às novas diretrizes ligadas à biodiversidade e sustentabilidade.
Ainda que o processo seja gradual, há um otimismo crescente em relação à sua evolução. A expectativa é que esse movimento ganhe mais velocidade em breve.
Instituições de grande peso e influência, como o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), estão sinalizando que em breve se envolverão de maneira mais ativa nessa discussão.
Isso não apenas reforça a importância do assunto, mas também instila esperança e inspira empresas e investidores a tomar medidas proativas no cenário econômico brasileiro.